veias de linho

 


há algo de sagrado no fio que se desfaz

como se cada rasgo sussurrasse um adeus


o tecido guarda, em silêncio, as histórias

que não precisaram de voz para viver


um nó escondido, um ponto ausente

traçam a anatomia de uma perda invisível


e na fragilidade, encontra a força —

uma memória que não ousa render-se


   in, xilre

Sem comentários:

Arquivo do blogue