Luís Filipe Parrado - A Chuva, os trabalhos, os dias

 


Foi tudo o que aprendi: límpida e generosa é a chuva.

Molha a delicada cambraia dos senhores e os andrajos do camponês,

inunda os lábios gretados dos amantes,

lava as mãos impunes dos cobardes,

a folha caduca da perene não distingue.

Poupa ao lavrador o trabalho e a despesa de regar os pomares.

Com um pouco de sorte e de espanto

também este ano

abundarão as sacas de laranjas e de romãs

na tua arrecadação.


      Sr. Luís, quem deseja conhecer bem o arco-íris, precisa aprender a gostar da chuva.


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