Julio Cortázar - Poema para Cris

 

Creio que não te quero,

que somente quero a impossibilidade

tão óbvia de querer-te,

como a mão esquerda enamorada 

dessa luva

que vive sozinha na mão direita.


  Tradução de Jorge Sousa Braga

      A impossibilidade de amar é cruel, tinge a água, mancha o ar, casa o tempo com a tesoura enquanto o musgo se vai espalhando no muro.


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