Chegados
a este ponto
talvez
tudo devesse ser mais simples,
a
palavra lua não deveria nomear nada mais
do
que a lua,
e os
rios deveriam seguir até ao seu destino
sem
serem alterados
pelas
metáforas.
Talvez
a palavra solidão não devesse
significar
outra coisa além da ausência
de
acontecimentos
e a
palavra silêncio pudesse servir só
para
calar os ruídos.
Com
a língua talvez tudo devesse ser
mais
simples, sem voltas
nem
requebros, deixando-nos
com
duas ou três questões
para
seguir em frente:
um
porquê, algum não sei.
E,
depois, fechar a porta
que,
neste caso,
deveria
significar unicamente
fechá-la.
Sra. Berta, se reduzíssemos as palavras ao seu significado e ao seu significante, o que seria da dimensão simbólica? É aí, que está o mistério.
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