E se as voltas de fechadura
não acabassem nunca?
e se tivesse de ficar toda a vida
aqui fora, a dar voltas à chave?
Faço a cópia das minhas chaves
faço a cópia das minhas cópias;
o que gasto para as multiplicar
serve para tirar a cada uma o seu valor
o meu Valério. No perfil dos versos
reproduzo o recorte
dentado das chaves.
Há aspectos da vida em que a fechadura, mesmo oleada, não abre. E, é na poesia, na pintura, na música, na natureza que imaginamos a porta aberta. A tela é de Dame Laura Knight.
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