Salvatore Quasimodo - Espelho

 


E eis que do tronco

rompem os renovos:

um verde mais novo que a relva

e que o coração acalma,

do tronco que parecia já morto

vergado no barranco.

 

E tudo me sabe a milagre;

e eu sou aquela água de nuvens

que hoje reflete nas poças

mais azul o seu pedaço de céu,

aquele verde que se racha da casca

e que tampouco ontem à noite existia.


      Quando a esperança deixa de o ser, chega, e diz 'Olá'.


Sem comentários:

Arquivo do blogue