Se eu voltar algum dia
será pelo canto dos pássaros.
Não pelas árvores que hão-de
partir comigo
ou irão depois visitar-me no
Outono,
não pelos rios que, por baixo da
terra,
continuarão a falar-nos com suas
vozes mais nítidas.
Se no fim regressar, corpóreo ou
incorpóreo,
levitando em mim mesmo,
embora nada possa já ouvir na
ausência,
sei que minha voz estará ao lado
de seus coros,
e voltarei, se hei-de voltar, por
eles;
o que foi vida em mim não deixará
de celebrar-se,
e eu habitarei o mais inocente
dos seus cantos.
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