Levado por circunferências de aço
que rodam sobre complacentes
paralelas também de aço
chupo o cilindro, forrado com
papel
que contém na ponta iluminadas
folhas picadas tostadas
bebo da vasilha de quartzo
translúcido
este líquido composto por álcool
misturado com água de onde o gás
sobe em pequenas esferas
esgrimo este outro cilindro de
madeira com eixo de grafite
aplico-o na plana celulose branca
sumamente delgada
elevo finalmente o meu repugnante
coração sobre as ondas
da técnica
e consigo dizer, amo-te.
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