A Primavera de Sandro Botticelli

















      Ali estava, à minha frente, a deusa Vénus no meio do jardim paradisíaco com flores e laranjeiras. O mistério de ser fim de tarde, quase noite, ou mesmo breu-tinta da china. Cupido, cego, está pronto a disparar a flecha, enquanto à esquerda, as três graças (Aglaia, Talia e Eufrónsina) dançam. Mercúrio usa a varinha para espantar as nuvens e Zéfiro, colorido de cinza, sequestra a ninfa Clóris. Flora espalha rosas. Outra vez a Metamorfose de Ovídio. A beleza da mitologia clássica em tela que escapou às fogueiras de Savonarola. Eterno.

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