Rui Almeida


Acompanho-te para lá das disposições legais
E dos pareceres do bom senso.

Há limites para a submissão –
Mesmo o ordenamento das emoções
Chega a ser cruel no seu rigor.

Vivos, recolhemos as mãos para falar
Insinuando revelações e proximidades
Enquanto o céu se esvazia em silêncio.

O que procuramos é o jeito da pele e a cor
Dada pelos lotes de terreno abandonados
Que se tornaram logradouros espontâneos.

Nem sei do sentido de ir ou se vamos chegar.
Vejo-te ao meu lado
Com a surpresa de quem percebe a morte.

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