Maria Gabriela Llansol - O raio sobre o lápis


a conclusão de que não há abismo, e que a infância não pára
de desenvolver-se e crescer,
é um novo princípio de realidade, de morte, de velhice:
eu não deixo de viver no mundo interior e exterior das metamorfoses flutuantes;
é já dia, mas a noite que conduz a esperança no pensamento, e sobre si própria,
não acabou.
                Não acabou definitivamente;
                onde estará, protegendo-se da luz, o sapo que brilha?
                Eu tenho a intuição, Aramis, de que os monstros
são as tentativas mais puras do Universo.
"Olha-os, e não os mates."

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