Os bebés de Tuam







      É mais um crime católico oculto. O convento de Bon Secours Mother and Baby Home, em Tuam, Galway, na Irlanda, que operou entre 1925 e 1961, era uma das numerosas instituições que, geridas pela Igreja Católica, operaram para enclausurar – mais que acolher – mulheres "perdidas com bebés fruto do pecado", na moralidade da conservadora Irlanda. Nestes centros também foram internadas mulheres vindas das camadas mais pobres da população, forçadas a trabalhar sem remuneração como aconteceu nas lavandarias de Magdalena, em Dublin (após a publicação de um comunicado oficial, no ano passado, o Governo irlandês concordou em pagar compensações económicas para as 600 mulheres que ainda estão vivas).
      Mais de 50 anos depois, foi descoberta uma vala comum no local onde funcionou a instituição. Foram encontrados os restos mortais de centenas de meninos e meninas com menos de três anos. Embora os números ainda não sejam certos, estima-se que sejam 796. Nas escavações foram encontrados os restos mortais de bebés e crianças com idades compreendidas entre as 35 semanas de gestação e os três anos. A maioria será dos anos 50 do século passado. Na recente visita à Irlanda, o Papa Francisco teve a coragem de assumir e pediu perdão aos irlandeses.

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