O filme sobre John Keats




               Um pouco mais à frente...






Gosto dos filmes que se aproximam à pintura mas sobretudo os que celebram com dignidade a poesia. É o caso deste, pois nos filmes da neozelandesa Jane Campion, a arte é mais do que uma forma de expressão, é a forma como personagens transpõem barreiras físicas ou emocionais.
Com o título "Bright Star", a realizadora dá vida ao poeta inglês do século 19 John Keats, o último dos românticos, que morreu jovem, aos 25 anos e teve um único amor na sua curta vida, Fanny Brawn. Um amor tão poético quanto etéreo e platónico.
 Seria fácil transformar a história do casal jovem num amontoado de clichés – como fazem os americanos, com a morte do poeta romântico no final sem que a paixão realmente se consumasse; porém, o talento de Jane Campion permite-lhe evitar as armadilhas do lugar comum e transforma a história de Keats e Fanny numa elegia ao amor e à poesia. Muito bonito e belo.

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