Francisco José Viegas


De novo o amor

Aí navegam os teus braços, atravessam-me de um lado
ao outro, e do outro lado do mundo uma árvore estará
erguida para me acolher no seu verde ramo. É um pássaro

erguido à altura dos teus dedos, quando brincam
dentro de mim e me perfuram o coração: e quando me rio
tu falas do perfume pegado à camisola e dos lenços

espalhados na mesa. Quando esse pássaro vier trazer-te
a manhã, não abras a porta, é apenas um voo inquieto.

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