Na casa antiga, cada um de nós levava
consigo um candeeiro, com que arrastava
o seu duplo de penumbra e de sombra.
A chama do petróleo ardia junto à boca,
podíamos devorar a própria luz.
Chamas nos queimavam as entranhas
e em archotes vivos nos tornaram,
vagueando por corredores e por escadas
atrás do Outro, que nada nos dizia.
Na casa moderna já não corremos atrás do Outro. Só se for por solidão.
Na casa moderna já não corremos atrás do Outro. Só se for por solidão.
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