Eduardo Guerra Carneiro


Contra a corrente subimos os rios
à procura do lugar onde os sonhos
nascem. Contra a corrente rompemos
o véu e do anel de fogo já saímos.
Contra a corrente estamos sempre
quando os rios se formam em anéis de fogo
e véus de bruma surgem. Contra
a corrente chegamos a lugares onde o sonho
sobe. Contra a corrente,
outra vez, ainda, tentamos a sorte:
anular alguns círculos na água,
corpo-a-corpo com a morte,
p'ra desfazer o feitiço da serpente.

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