Sophia de Mello Breyner Andresen

Não te chamo para te conhecer
Eu quero abrir os braços e sentir-te
Como a vela de um barco sente o vento

Não te chamo para te conhecer
Conheço tudo à força de não ser

Peço-te que venhas e me dês
Um pouco de ti mesmo onde eu habite


in, No Tempo Dividido

      Chamar com recusa de conhecer.


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