José António Almeida - O Criminoso da moda


O criminoso não é
a soldadesca de Hitler
agora, o criminoso

da moda seduz: à cama
leva nos braços a vítima,
ameaça a céu aberto

sob o sol primaveril.
Primeiro beija, de Judas
aperfeiçoou a técnica

do cânone, truques novos
tem também de malas-artes.
Lança minhoca, sorri

como quem coita não quer,
tudo faz de olhos cerrados
— só depois os cães açula.

 E, depois, repetem "Os outros que façam pela vida!"

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