Jonio González - Expiação

não farei nada para que me entendas
nem recitarei a litania
que faz florir o tronco morto:

ergui de propósito
a minha casa sobre a areia,
cuspi contra o vento
para o céu,
pus a cabeça no cepo

e não farei nada para que me perdoes,
ficarei aqui à espera
com o meu melhor sorriso,
a rimar pão com fome
e escuro com travessia.


  Original:

no haré nada por que me entiendas
ni recitaré la letanía
que hace florecer el tronco muerto:

he levantado a conciencia
mi casa sobre la arena
he escupido contra el viento
al cielo
he metido los pies en el cepo

no haré nada por que me perdones
me quedaré aquí
aguardando a que lleguen
con mi mejor sonrisa
rimando pan con hambre
oscuridad con travesía.


  Antigas, as histórias dos amantes.

Sem comentários:

Arquivo do blogue