No tempo da minha
infância os animais ajudavam a educar a afectividade. Os coelhos pequeninos, os
pintainhos, os cabritos, os vitelos, os bacoritos, a vaca do charrueco eram uma
extensão da família, como se fossem parentes chegados. Eu gostava particularmente
do galo, com a sua postura imponente, penas de arco-íris e ao canto da manhã.
Também, não deixarei morrer dentro de mim o Nilo, o Sabu e o Leão, os cães da
casa. Quando vejo estas pinturas lembro-me deles e desse tempo tão feliz, que
tão depressa passou. Depois vieram os carros, os tractores, as batatas e a
carne do hipermercado. Os tempos que quase tudo mudaram.
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