Do velho poeta, não rias;
Guarda-a na folha
Do livro que se lê todos os dias.
Amor, não o sacies,
Não venhas a perdê-lo;
Põe pelo sinal um fio de cabelo
Na carta que me envies.
Foges-me da vida:
E na menina dos olhos,
Achada ou perdida,
Ali sempre te encontre, de sonho vestida.
Que importa o sol tão alto,
Que dê a luz do dia?
O sonho, seja irmão da loucura,
É o que dá poesia.
in, O anjo da morte e outros poemas
O poeta nasceu em Ereira, Montemor-o-Velho e licenciou-se em Ciências Físico-Naturais na Universidade de Coimbra. Ao longo da vida foi professor, interessou-se por etnografia e arte popular, o que se reflecte na sua obra poética, ligada às crenças e mitos seculares e aos motivos da terra.
O poeta nasceu em Ereira, Montemor-o-Velho e licenciou-se em Ciências Físico-Naturais na Universidade de Coimbra. Ao longo da vida foi professor, interessou-se por etnografia e arte popular, o que se reflecte na sua obra poética, ligada às crenças e mitos seculares e aos motivos da terra.
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