Mariana Finochietto



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Por uma vez
ou outra,
eu nomeio
as coisas
como a dar-lhes
alma.

As cadeiras,
as janelas,
a sombra difusa
do salgueiro
existem
porque as digo.

Às vezes
as coisas
recusam-se
a entrar
no jogo.

E eu pareço
um deus
confuso
e abandonado
a um punhado
de palavras vãs.



in, Cuadernos de la breve ceguera, 2015

      Quando as palavras fecundam a matéria de vida. Acontece que por vezes estas recusam-se e noutras a matéria, mas o poeta sabe que o trabalho da beleza acabará por encontrar a serenidade necessária. A poetisa nasceu perto de Buenos Aires, no ano de 1971 e assume que os seus versos têm como finalidade sugerir e comover.

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