Adeus, Marianne Ihlen




"You left when I told you I was curious,
I never said that I was brave."


A corda que liga o poeta à musa.


      "Então até logo, Marianne, é hora de começarmos a rir e a chorar e chorar e rir novamente sobre tudo". É com tristeza que recebo a noticia da morte de Marianne Ihlen, uma das primeiras musas de Leonard Cohen, a quem o poeta ia comprar carne fresca pela ilha de Hidra a troco de um 'gesto terno' ou de 'uma frase bonita'. Quase sempre, assumia por a mesa porque queria que ela o olhasse a ajustar a toalha de linho, a servir-lhe o vinho, a descascar-lhe a fruta. Na cama lia-lhe Nikolai Gogol até que, a altas horas, a perguntava "Queres ser a enfermeira do meu coração?" Ela, um dia, disse-lhe que sim.
      Hoje soube, que antes da hora da morte lhe enviou uma carta que dizia "Well Marianne, it's come to this time when we are really so old and our bodies are falling apart and I think I will follow you very soon. Know that I am so close behind you that if you stretch out your hand, I think you can reach mine. And you know that I've always loved you for your beauty and your wisdom, but I don't need to say anything more about that because you know all about that. But now, I just want to wish you a very good journey. Goodbye old friend. Endless love, see you down the road." Dois dias depois morreu e foi sepultada na cidade de Oslo.

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