Senhora dona águia água égua
inglesa num jardim de potros gregos
mordiscando beleza rega cega
do regador de Inês em seus sossegos.
inglesa num jardim de potros gregos
mordiscando beleza rega cega
do regador de Inês em seus sossegos.
De muitos anos colhes o magro fruito
que depressa transformas em compota
receita tão bem feita que de há muito
nos açucara o travo da chacota.
Porém quando por vezes és de pedra
não mármore mas árvore mas dura
do fundo do teu mar levanta-se a cratera
da nossa lusitana sepultura.
A quem ler, que pese devagar o primeiro verso: dona? Assim se tratam os poetas; águia? De cima, do azul do céu se cria a poesia; água? O ribeiro, um dos elementos; égua? A "dona" era uma mulher bonita.
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