Vulto que regressa do rio Mississippi, em St. Louis Friday
As estátuas foram as primeiras a partir. Depois
foi a
vez das árvores, dos homens, dos animais. O local
tornou-se
deserto. Não havia senão vento.
Jornais
e lixo corriam pelas ruas.
À noite,
as lâmpadas acendiam-se sozinhas.
Um homem
chegou, deitou um olhar em redor,
tirou
uma chave, enterrou-a no chão
como se
a devolvesse a qualquer mão subterrânea
ou
plantasse uma árvore. Depois ergueu-se, subiu
a
escadaria de mármore e demoradamente olhou a cidade.
Uma a
uma, com parcimónia, as estátuas regressaram.
Traduzido
por Eugénio de Andrade
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