We all have credit,
Said the bankers.
A matter of faith.
Hans Magnus Enzenberge
À
porta do Deutsche Bank (ao lado de
Jean Valjean) um casal de namorados reúne-se
num abraço. Por instantes acreditam na
arte do recomeço
num país onde o ministro desista de
inaugurar as ruínas
dos seus sonhos. Longe nos rios da Europa
corre uma linfa comum
(como a fenda na parede hesitando ao avançar
corrigindo erro-a-erro o seu
próprio percurso). Enquanto os jovens se abraçam
o ágio passa-lhes ao lado -
suspendem-se os dias tristes neste país periférico
sem esperança nem remorsos onde
a Europa passa férias. À porta do Deutsche Bank
só tem crédito a ilusão
logo tudo acabará num depósito
de amor.
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