Hélène Dorion

Pode-se viver muito bem
sem nada mais do que estes privilégios quotidianos:
uma carta na caixa do correio, o barulho de uma vaga,
o azul sobre a planície, as palavras de um poema.
O universo reduzido a poucos vínculos
ao trajecto habitual
da sua própria morte.
Pode-se muito bem não ser mais
do que uma aventura de átomos e de questões insignificantes.

    A poetisa é canadiana, nascida em 1958. Augusto o que opta pela beleza.

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