Pode-se viver muito
bem
sem nada mais do
que estes privilégios quotidianos:
uma carta na caixa
do correio, o barulho de uma vaga,
o azul sobre a
planície, as palavras de um poema.
O universo reduzido
a poucos vínculos
ao trajecto
habitual
da sua própria
morte.
Pode-se muito bem
não ser mais
do que uma aventura
de átomos e de questões insignificantes.
A poetisa é canadiana, nascida em 1958. Augusto o que opta pela beleza.
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