Sophia de Mello Breyner Andresen

Mas como és belo, amor, de não durares,
De ser tão breve e fundo o teu engano,
E de eu te possuir sem tu te dares.

Amor perfeito dado a um ser humano:
Também morre o florir de mil pomares
E se quebram as ondas no oceano.


    Para A. 
    que plantou em mim um pomar de limoeiros.

Sem comentários:

Arquivo do blogue