Uma notícia de jornal diz que
eles, como os amantes de Verona,
eram de famílias desavindas e que por isso
tiveram de fugir para se casar quando
ainda andavam na escola.
Como não viveram sob o signo
da poesia, não chegaram a morrer de amor,
do veneno ou da força do punhal no peito.
Casaram e viveram felizes para sempre.
Isto é: foram encontrados setenta e cinco anos depois
entregues por fim
ao inevitável desfecho, mortos separados por um dia,
vivos amando-se ainda.
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