O meu amado chega e enquanto despe as sandálias de couro
marca com o seu perfume as fronteiras do meu quarto.
Solta a mão e cria barcos sem rumo no meu corpo. Planta árvores
de seiva e folhas. Dorme sobre o cansaço embalado pelo momento
breve da esperança.
Traz-me laranjas. Divide comigo os intervalos da vida.
Depois parte.
Deixa perdidas como um sonho as belas sandálias de couro.
Poetisa angolana nascida em Huíla.
Sem comentários:
Enviar um comentário