Nunca soube lançar
o pião
como os rapazes no terreiro,
entre os contentores:
aprendizes
de ladrões, de proxenetas,
arrumadores. Nunca soube
lançar o pião. Nem puxar-lhe
o cordel entre os dedos
ou içá-lo, rodopiante, na palma
a mão, acima do solo
conspurcado e mudo.
Lancei
a minha vida, os meus
anseios. E foi tudo.
O pião da infância é maltratado no poema.
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