Juan Leovigildo Brouwer - El Decameron Negro

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Juan Leovigildo Brouwer é uma figura reconhecida no universo da guitarra e da ilha de Cuba. Afro-cubano é uma figura do regime: foi conselheiro musical da rádio e da televisão cubana, director do Instituto Cubano de Arte e Indústria e do Instituto de Artes Cinematográficas. Foi ainda professor de composição do Conservatório Nacional de Havana de 1961 a 1967. Um súbdito de Fidel Castro.

Hoje, a minha filha Lara, que frequenta o sétimo grau de guitarra clássica, contou-me que estava a estudar o célebre 'El Decameron Negro' de Brouwer. Primeiro pensei em Boccaccio, depois em Pier Pasolini e só na web cheguei a Juan Leovigildo Brouwer.

Os três andamentos de El Decameron Negro, são uma alusão a uma colecção de contos do século XIV escritos por Boccacio, mas agora com uma génese negra. É considerado um dos maiores trabalhos do autor, dedicado ao guitarrista Sharon Isbin e a inspiração surgiu-lhe de um livro do etnógrafo alemão Leo Frobenius (1873-1938). No coração de África, numa tribo onde a actividade de músico está na escala social oposta à do guerreiro e por isso  pouco ou nada considerada, um negro tenta sobreviver.

Mov 1. El Arpa Del Guerrero - Um guerreiro desilude-se com a guerra e retira-se para as montanhas com o propósito de tocar a sua `harpa` e tornar-se músico.

Mov 2. La Huida De Los Amantes - A rapariga mais bela da tribo vai convence-lo a guerrear de novo, mas eles decidem fugir juntos através do vale dos ecos ao amanhecer

Mov 3. Balada De La Doncella Enamorada - A moça danca para seduzi-lo, mas cada vez que comeca a dancar transforma-se num monstro.