Você
me acorda no meio da noite
e eu
que navegava tão distante
cravada
a proa em espumas
desfraldados
os sonhos
afloro
de repente entre as paradas ondas dos lençóis
a
boca ainda salgada mas já amarga
molhada
a crina
encharcados
os pêlos
na
maresia que do meu corpo escorre.
Cravam-se
ao fundo os dedos do desejo.
A
correnteza arrasta.
Só
quando o primeiro sopro escapar
entre
os lábios da manhã
levantarei
âncora.
Mas
será tarde demais.
O
sol nascente terá trancado o porto
e
estarei prisioneira da vigília.
O poema explora a delicadeza e a intensidade do toque como
forma de amor e comunicação profunda. A mão do outro simboliza presença,
cuidado e domínio afetivo. No entanto é redutor perante a viagem dos sonhos que há em cada um de nós. A tela é de

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