Mário Rui de Oliveira - A bicicleta


Já não assobias à passagem dos barcos. Cada vez mais as mãos
recolhem aos bolsos. A bicicleta repousa, talvez para sempre
na velha garagem. Os húmidos campos amarelos sucumbem às
queimadas. Os dias, esses, impiedosamente azuis.
Só a música de fiozinho de luz te sustenta.

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