Rui A. - Ortografias


Fossem muitos fossem quantos, os sítios de te encontrar,
não seriam nunca demasiados;
e não seriam nunca suficientes, os sítios de te cantar.

Fossem muitos, fossem quantos, os cantos de te cantar,
haveria sempre uma revolução francesa,
qualquer coisa de rocambolesco a atrapalhar
o encontro de dois corpos
- com a força toda e toda a consistência da história da humanidade.

Ou, apenas, alguma realidade.

Para a história fica, para lá de óbvios problemas de ortografia,
um segredo.

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