Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi p’ra te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada p’ra dar.
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender.
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez devagarinho possas voltar a aprender.
Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois.
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois.
Gigliola Cinquetti e a canção Non ho l'eta, no ano de 1964, em Copenhaga, ficou para mim como a melhor canção dos festivais da Eurovisão. Eram anos generosos para melodias, arranjos e interpretações. Portugal fez o seu contributo com excelentes participações de Carlos Mendes, Fernando Tordo, Paulo de Carvalho, Tonicha, Simone de Oliveira, Maria Guinot e Armando Gama.
Todavia, a partir do final dos anos 80, o mau gosto instalou-se no certame. Tanto, que quem gostava de música se interrogava das razões que estariam por detrás de tanta falta de qualidade. Havia um espectáculo de luzes "fireworks" e não de música. Ontem, a participação de Salvador Sobral questionou uma viragem ao passado com uma canção que lembra Moon River do filme Breakfast at Tiffany's.
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