Inês Lourenço - Consoantes átonas

Emudecer o afe[c]to português?
Amputar a consoante que anima
a vibração exa[c]ta
do abraço, a urgência

tá[c]til do beijo? Eu não nasci
nos trópicos; preciso desta interna
consoante para iluminar a névoa
do meu dile[c]to norte.


Para os que amam as velhas palavras, o novo significante não coincide com o velho significado. O signo vivia perfeito, sereno no coração e agora sente a falta das 'consoantes átonas'. A lei proibiu-as porque eram invisíveis. A lei é prática, racional, cega e acha o invisível uma maçada.

2 comentários:

David disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
António disse...

Desculpa se tirei o teu comentário. Estavas cheio de razão no que respeita ao valor do 'invisível'.

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